domingo, 15 de fevereiro de 2009

792 ACTUAÇÃO DA FORÇA AÉREA NA GUINÉ.


Fabricio Marcelino
Esp.MMA Guiné
Leiria
Ao longo dos anos, temos ouvido algumas críticas à actuação da Força Aérea na Guiné, em especial.
Quem esteve nos TO, como foi também o meu caso,fica arrepiado ao ouvir tais injustiças!
Muitos ex-militares,em especial do exército, acham que a Força Aérea foi lá passar férias e pouco mais!
Ainda há dias, fui à Liga dos Combatentes, pagar a minha cota anual. Conversei com vários ex-combatentes, e a certa altura, um disse-me que tinha sido 1º cabo condutor do exército e, após ter dito os locais onde esteve colocado, perguntou-me a que Batalhão pertenci.Respondi-lhe que tinha sido especialista da Força Aérea e, logo de seguida com uma risada, em estilo de goso, disse: " vocês não souberam o que foi a guerra, porque só de vez em quando é que apareciam a dar uns tiritos cá para baixo... etc.etc.!" Colegas, não calculam como fiquei e o que lhe respondi!
Depois saí, porque estava a ficar descontrolado, pois não admito ainda hoje, passados 45 anos que regressei da Guiné,que alguém se atreva a criticar e ignorar os nossos sacrifícios a vários níveis,passados no TO, que custou a vida inclusivé a alguns dos nossos saudosos colegas.
Quando digo "nossos sacrifícios", incluo todas as especialidades, sem excepção, incluindo as incansáveis enfermeiras paraquedistas,a quem muitos militares do exército e não só,também muito devem.
Sabemos que é uma minoria a pensar assim,mas nem que fosse só um elemento já era muito, porque os nossos sacrifícios, os riscos de vida e a nossa abnegação não foram inferiores aos dos militares do Exército e Marinha.Fabrício Marcelino
Fabricio