Fabrício Marcelino
Esp.MMA Guiné
Leiria
Leiria
Bravo Tango comandantes e um Alfa Bravo a todos.
O nosso colega António Six, apresentou no seu Voo 1415, a continuação de algumas gloriosas máquinas voadoras do passado.Curiosamente voei em algumas delas.Relembro com saudade o JU 52,embora numa das viagens, tenha apanhado com ele,o susto da minha vida até essa data.Este relato, veio acordar a minha memória, para falar hoje também, do "meu" nosso avião que nessa época era o topo de gama da nossa aeronáutica.Refiro-me ao F86-F.
Logo que terminei o curso de M.M.A. na B.A.1 em Sintra,fui para a B.A.5 Monte Real tirar o MTU do F86-F.Logo a partir dos primeiros dias de estudo, comecei a ficar fascinado com as perfumances desta aeronave.
Após terminar o MTU e estágio, fui para a linha da frente da Esquadra 51.
Com o passar do tempo, mais apaixonado ficava pelo avião que inspeccionava diariamente,com carinho e muita responsabilidade.Foi um avião que deixou por certo muita saudade a muitos outros colegas que com ele "conviveram", quer mecânicos quer pilotos.
Provavelmente o colega Fernando Moutinho, sinta a mesma saudade, porque voou muitas horas neste "Rolls Royce" dos anos 60.
Para os leigos desta maravilha da época em Portugal,eis alguns dados técnicos:
-Era equipado com um motor General Eletric J-47-27.
-Um Empuxo de 2.681 Kg.
-Velocidade Máxima de 1.118 Km/hora.
-Razão de subida 2.835m/min.
-Tecto de serviço 14.630m.-
-Alcance com 2 tanques 2.044Km.
-Peso em Vazio 4.940Kg.-
-Carregado 9.234Kg.
-Envergadura 11,31m.
-Comprimento 11,44m.
-Altura 04,47m.
-Armamento incorporado 6 metralhadoras Browning 50 pol.
Foi um avião, que na guerra da Coreia, conseguiu fazer frente e, levar a melhor, em variadíssimas situações sobre os Mig-15 russos, coisa que não acontecia antes dos F86 entrarem no teatro de guerra,pois os F80-Shoting star e os F84-Thunderjet, viam-se aflitos com os referidos Mig 15. Por curiosidade informo que os 2 últimos aviões F86-F que chegaram a Monte Real, Nºs.5364 e 5365, vieram da guerra da Coreia e, vinham com algumas pequenas blindagens, redondas e rectangulares, que tapavam a entrada e saída das balas inimigas e, as fugas que traziam eram várias obrigando a uma grande remodelação.
Um abraço a todos os comandantes e colegas,sem excepção
Fabrício Marcelino
Voos de Ligação:
Voo 1415 As nossas Gloriosas Máquinas Voadoras – António Six
Voo 1415 As nossas Gloriosas Máquinas Voadoras – António Six