sábado, 12 de março de 2011

Voo 2199 APOIO AÉREO - GUINÉ,O MEU COMENTÁRIO.



Victor Tavares
1ºCabo Paraqª.
Agueda



Caro amigo e camarada Victor Barata,
Queria fazer um pequeno comentário referente ao último poste publicado no blogue que tão bem diriges e coordenas.
Há um Fuz. Esp. Pires da Silva que põe em causa a operacionalidade da Força Aérea,

penso que se refere ao período Abril /Junho de 1973?
Não li o artigo do jornal referenciado.
Quero dizer que não tenho intenção de criar polémicas seja com quem for, nem a força Área e os militares que prestavam serviço na BA12, tem necessidade que eu os defenda, porque ninguém melhor do que vós o fará como bem entenderem e no local próprio.
Agora não è justo que se ponha em causa
"porque é muito grave" a eficácia do apoio dado pele Força Aérea. Esse nosso camarada não sei onde estaria nesse período crítico que mediou entre GUIDAGE e GADAMAEL PORTO, pelo jeito não estaria nem num lado nem no outro, ou então não falaria assim. Eu estive lá nos dois locais que atrás

referencio, e quero dizer-vos, que estando eu no terreno tanto num lado como no outro, nunca deixamos de ter apoio Aéreo, prova disso foi o bombardeamento feito para cima do IN, durante o contacto com as forças do PAIGC no Cufeu/Guidage e que durou 45 minutos, eles estavam lá quando precisamos, e correndo os riscos que todos sabemos " ou quase todos" pelos jeito este camarada FUZILEIRO não sabia. Mais, quem lá esteve sabe que no dia 24 de Maio, um Heli foi a Guidage levar-nos material de guerra, munições e fazer a evacuação de pessoal que tinha sido ferido no dia anterior, caso do Paraquedista MELO.
Pelo que se vê esses abnegados pilotos foram lá, arriscaram è certo, mas estiveram connosco sempre nos momentos mais difíceis e necessários.
Quanto ao
” Deixarem para trás CAMARADAS”, esse nosso camarada Fuzileiro não sabe por certo as circunstâncias que deram origem ao que aconteceu e a essa difícil tomada de decisão de sepultar os nossos 3 homens em Guidage, "Porque é a estes e aos Paraquedistas que ele se refere". Atrevo-me a perguntar-lhe, o que aconteceria aos Fuzileiros e pessoal do exercito sitiados em GUIDAGE à vários dias, se os Pára-quedistas não rompessem o cerco e chegassem lá?
Bem Camaradas e amigos fico-me por aqui, porque só devemos falar do que sabemos.
Um grande e forte abraço para todos vós.

Victor Tavares

Voos de Ligação

Voo 2188 - A FAP esteve sempre operacional na Guiné - Fabrício Marcelino

VB: Pois é Victor, é pena que ainda hoje exista este tipo de conceito em relação à actividade da nossa FAP no TO da Guiné.
Não quero contudo deixar de acreditar que muitas vezes os jornalistas, por falta de conhecimento, deturpam um pouco determinados termos.