Entre 61 e 74, a Força Aérea recrutou 47 enfermeiras pára-quedistas, que servindo o regime desafiaram a tradição
Na manhã de Novembro de 1973, o Centro de Operações da Base 12, em Bissalanca (Guiné), recebe um pedido de evacuação de Catió. É destacado um avião DO-27 para efectuar a missão, com o furriel Ivo Mota e as enfermeiras pára-quedistas Giselda Pessoa e Natália Santos a bordo. Esta última, acabada de chegar à Guiné, acompanhava ainda as veteranas nas evacuações, para "ganhar calo".
Estava-se na época pós-Strela (a partir de 1973, o PAIGC começou a utilizar mísseis anti-aéreos), o que trouxe restrições à navegação aérea e, por isso, o piloto voava a baixa altitude.
Para evitar zonas perigosas, Ivo Mota seguiu ao longo da costa, contornando a ilha de Como (refúgio do PAIGC), para subir o rio Cumbijã e, depois de Cufar, dirigir-se para Catió.
Mas ao sobrevoar as margens de Como, o motor do DO-27 ‘apagou-se’. O piloto preparou uma aterragem de emergência, com êxito, pois o aparelho ficou atolado no lodo e os ocupantes saíram ilesos. A tripulação mergulhou nas águas para não atrair a atenção do PAIGC e poderem - eventualmente – ser recolhidos pelo navio de carga que tinham avistado do ar. "A Natália nem se apercebeu do perigo que corríamos, e eu também não lhe disse. Estávamos mergulhados numa água infestada por tubarões a poucos metros do refúgio do inimigo. Só lhe dizia: ‘Vá, deixa-te estar aqui sossegadinha, já nos vêm buscar’", conta Giselda, 64 anos e quatro de guerra, em Moçambique e na Guiné.
Mas ainda passaram duas horas até que um zebro da marinha de guerra portuguesa os avistasse. Na Base Aérea nº 12, alertados pela falta de notícias, é mandado descolar um Fiat G-91, para os localizar. Aos comandos do avião ia o tenente Miguel Pessoa, mas Giselda e os companheiros já tinham sido resgatados pela Marinha. O oficial só viu o avião caído por terra.
O facto é que, "depois de re-cuperada pela Armada, mesmo sem dispor de material (perdido no acidente), Giselda ainda foi fazer a evacuação a Catió, num outro avião entretanto disponibilizado, que serviço é serviço...", conta Miguel Pessoa. Talvez tenha sido isso que o atraiu naquela mulher de raça e fibra. Ele já o sabia, pois fora Giselda que o salvara uns escassos oito meses antes, quando o seu avião foi abatido por um míssil do PAIGC e ela o socorreu no mato.
Esse episódio marcou a viragem na guerra da Guiné. Miguel Pessoa, chamado ao Sul para repelir um ataque ao quartel de Guileje, pilotava o Fiat G91 que foi o primeiro a ser atingido por um mísssil Sam7. Estávamos a 25 de Março de 1973. Pessoa conseguiu ejectar-se e passou a noite escondido na mata, receando ser capturado pelo PAIGC.
O general Spínola, comandante civil e militar da Guiné, percebeu que não podia deixar que o tenente Pessoa se transformasse num troféu de guerra do PAIGC - para quem a Força Aérea era o pior pesadelo - e foi lesto em enviar uma força de resgate. O piloto foi salvo no dia seguinte, por uma equipa de comandos africanos e pára-quedistas comandados pelo lendário Marcelino da Mata. Giselda integrava a equipa que o trouxe de volta a Bissau e foi a primeira vez que se cruzaram. Giselda viria a conhecer a sensação de ser atacada por um Strela: em Abril de 1973, o seu avião foi atingido, mas o piloto conseguiu voltar a Bissalanca.
Mas foi o acidente de Giselda em Novembro que os aproximou, e lançou no ar um projéctil diferente dos outros: o do amor. Sobreviveram à guerra juntos e casaram em Outubro de 1974, já em Lisboa. "Temos mais em comum do que a maioria dos casais, e se calhar é isso que nos mantém juntos", arrisca Miguel, actual coronel na reforma. O entendimento de Giselda revolve águas mais profundas: "É nas situações extremas, de perigo, que se conhecem as pessoas..."
A história de Giselda Pessoa distingue-se apenas pelo amor em tempo de guerra, já que a bravura e a abnegação foram comuns às 47 enfermeiras que seguiram para a linha da frente da Guerra do Ultramar, numa época em que poucas eram as mulheres que trabalhavam sequer fora de casa.
Por isso, o primeiro curso de enfermeiras pára-quedistas, que formou os primeiros militares do sexo feminino – conhecidas como ‘As Seis Marias –, fez História. Foi há precisamente 50 anos, que se celebram a 8 de Agosto. No total, fizeram-se nove cursos, milhares de saltos e salvamentos, de 1961 a 1974. Eram anjos vindos do céu (assim eram conhecidas) para quase um milhão de militares mobilizados nas ex-colónias, sobretudo quando o terreno não permitia outro tipo de auxílio. Ampararam corpos dilacerados e, muitas vezes, escutaram-lhes as derradeiras palavras.
CÓDIGO Y
Como naquela evacuação que a alferes Maria de Lurdes Rodrigues efectuou a um ferido muito grave na zona de Aldeia Formosa, Guiné, em Novembro de 1963. "As evacuações tinham códigos, para sabermos que material precisávamos de levar. Aquela era um código Y, o que significava que era preciso levar sangue, mas não havia sangue do hospital e só levei soro.
Quando lá cheguei, o soldado, muito jovem, ainda me disse: ‘Ó senhora enfermeira, não me deixe morrer’. Mas, logo a seguir, foi-se, como se tivesse usado todas as forças que lhe restavam a falar comigo. Logo depois só ouço a voz do general Spínola, a perguntar por que não tinha levado sangue. Expliquei-lhe que não havia e ele disse-me: ‘Amanhã falamos!’ Senti necessidade de ir ao Hospital Militar para saber exactamente de que é que ele tinha morrido. E lá me disseram que ele tinha uma bala na aorta, uma grande hemorragia interna e, mesmo com transfusão, não teria sobrevivido. Não havia quem o pudesse ajudar a não ser Deus", recorda a enfermeira, actualmente com 72 anos, 11 deles passados em cenário de guerra.
No seu tempo, era difícil as famílias tradicionais aceitarem a decisão de uma filha que queria ser enfermeira. "Não era uma profissão bem-vista e tive de lutar muito. Cresci numa aldeia perto de Tomar, onde as missionárias recolhiam donativos, e foi através delas que tomei contacto com o ideal missionário e a enfermagem. Fui insistindo com os meus pais, que lá me autorizaram a vir estudar para Lisboa, na Escola das Franciscanas Missionárias de Maria", conta.
Estava a trabalhar no Hospital de Santa Maria quando a chamaram à escola e a directora lhe propôs que fizesse um curso de pára-quedista para ir para o Ultramar. "Fiquei espantada. Um turbilhão de ideias veio à cabeça: primeiro fiquei eufórica, porque iria fazer render mais os meus conhecimentos, ajudar, e lembrei-me logo do ídolo da nossa escola, a Isabel Rilvas. Ela tinha sido a primeira mulher a saltar de pára-quedas, com um brevet em França (onde conhecera enfermeiras que tinham participado na Segunda Guerra Mundial). Por outro lado, assustei--me com a palavra ‘guerra’. Mas aceitei.
A madre só me avisou: ‘Tens de ter muita responsabilidade. Aquilo não é só ir saltar de pára-quedas’. E eu disse-lhe: ‘Mas já está decidido, madre, eu vou’". Só depois se lembrou dos pais, que chegaram a tentar que o director de inspecções médicas a chumbasse. "O meu pai era muito rígido, e disse-me ‘se fores, na nossa casa, não sei...’, ameaçando-me, no fundo, que me expulsava de casa. Valeu-me o meu irmão mais velho, já casado, que me disse para seguir a minha vida pois tecto não haveria de me faltar", conta.
Mal chegou a Angola, em Setembro de 1961, teve a primeira prova de fogo. Como ainda era o início da guerra, os feridos estavam no Hospital Militar de Luanda, mas foi bem longe dali que viveu uma das experiências mais aterradoras em África.
"Tínhamos recebido a informação de que tinha desapare-cido um avião com militares da Força Aérea em Chitado e tivemos de preparar-nos para dar um salto operacional. Tinha acabado de chegar de uma missão de vacinação no Negage (onde viria a ser colocada por seis meses), mas sabia que aquela era uma região perigosa. Esse avião tinha ido fazer o reconhecimento da área", recorda.
Lurdes ia aterrada, não só pela quantidade de vítimas que já se adivinhava mas também pelo perigo da missão. "Só me questionava ‘e se eu não tenho força para rodar o pára-quedas e me afasto dos meus companheiros e fico sozinha na selva?’ Só que depois, quando já estávamos no ar, recebemos a mensagem de que estavam todos mortos. Nem valia a pena saltarmos."
Saiu em 1972, para casar (quando contraíam matrimónio, as enfermeiras eram obrigadas a abandonar a Força Aérea), mas também porque já se sentia "cansada" das atrocidades que via.
Há pouco tempo recebeu uma recompensa maior que todas as condecorações: conheceu uma criança que salvara numa aldeia em Catió e que os militares portugueses encontraram ao lado do corpo carbonizado da avó.
Quando dá voltas à memória, acha que os seus feitos foram poucos. "Embora os enfermeiros tivessem de fazer o que os militares faziam e ainda salvar os colegas, o que fizemos foi pouco em comparação aos milhares de soldados feridos".
Maria do Céu Esteves (ex-alferes) viu sair da sua escola (de Enfermagem das Franciscanas Missionárias de Maria) as alunas que ingressaram no primeiro curso (1961). "Mas as madres não me convidaram a mim, porque achavam que eu tinha vocação para freira e não queriam desviar-me desse caminho", conta hoje, aos 73 anos. As colegas encheram-lhe os ouvidos para que metesse o requerimento.
"Na entrevista, o tenente-coronel dizia que eu era ingénua e que não queria meter uma ovelha entre os lobos. Mas lá entrei, com o coronel a prometer a uma tia minha que ia olhar por mim em África". Os pais reagiram bem e fizeram orelhas moucas às vozes que apontavam o dedo à filha, dizendo que "andava lá na tropa entre os homens" ou que "já não se ia casar".
Mas casou - só em 1975, depois de 13 anos de guerra no Ultramar –, tendo sido a enfermeira que por lá ficou mais tempo. Esteve nas três frentes de combate.
"Sou uma pessoa que gosta de emoções fortes e, como tinha formação para isso, estava preparada para enfrentar a guerra. Fui feliz o tempo que lá estive, apesar das coisas que vi", conta.
Sustos apanhou alguns, como naquela aterragem em meados da década de 60, na Guiné, em que os reversíveis do avião começaram a andar à roda levando o avião a sair da pista desgovernado. Escapou a um tornado, a uma aterragem no mato, e emocionou-se com um soldado que trouxe tetraplégico de Moçambique, com uma bala alojada no pescoço, 43,5 graus de febre e a cabeça pousada no seu regaço. E com um outro que lhe foi entregue enrolado numa esteira com as duas pernas e três dedos desfeitos, embora trouxesse a aliança no que restava da falange.
Deu mais de 200 saltos com os T10 às costas, que pesavam 18 quilos. Atravessou um campo minado a correr com uma maca às costas para resgatar um ferido que de outra forma apenas veria o helicóptero (impossibilitado de aterrar) ir-se embora. Só se magoou na Guiné, quando as hélices de um helicóptero lhe fizeram dois cortes num braço durante uma evacuação. "Nem reparei. Estava tão preocupada com o doente que estava a recolher, um rapaz a sangrar por todo o lado. A sorte foi ter baixado a cabeça para o ver, senão também tinha ido..."
O MENINO AVIÃO
Nem tudo foram cardos. Nasceram-lhe crianças nos braços (uma delas ficou baptizada com o nome de Avião em sua homenagem) e entregou aos pais, saudável e a rir, um menino ‘ressuscitado’ num esforço de reanimação de 15 minutos. E chegou a perder-se. "Com um ferido em choque a bordo, só ouço o piloto dizer: ‘Estamos perdidos’." E estavam mesmo, já a sobrevoar o Senegal, onde poderiam ser feitos prisioneiros. A alferes guiou o piloto de volta a ‘casa’, a olho nu, guiando-se pelas aldeias que já conhecia à distância do céu.
Nunca sentiu desconsideração dos colegas masculinos, apesar da mentalidade da época.
Para Maria Arminda Pereira, ser enfermeira era um gosto de miúda. "Há males que vêm por bem. O meu pai não queria que eu continuasse a estudar mas com a morte dele, os meus irmãos decidiram que a pensão serviria para eu prosseguir os estudos, e foi assim que aos 13 anos fui para o Colégio de São Vicente de Paula". Os massacres de Março de 1961 no Norte de Angola e o contacto com Isabel Rilvas, a primeira pára-quedista ibérica, fizeram-na decidir que "deixaria tudo para trás e partia".
"Conheci a Isabel Rilvas quando veio fazer uma palestra à minha escola. Ela tirara ‘brevet’ em Biscarrosse, França (1956), onde conheceu as enfermeiras da Cruz Vermelha Francesa que participaram na Segunda Guerra Mundial. Veio de lá com a ideia de formar um grupo idêntico em Portugal, mas civil, e por isso estava a tentar tirar o curso de Enfermagem, coisa que não era de facto a sua vocação... ela era uma mulher do ar, dos aviões! Quando casou, entregou a ideia ao Kaúlza de Arriga, que depois formou o nosso grupo", lembra Arminda. Por isso, quando soube do recrutamento não hesitou. Foi a que obteve a melhor classificação, em Agosto de 1961.
VER A GUERRA A CRESCER
Um mês depois, a guerra apanhou-a. "Pensei que ia ajudar num conflito passageiro mas a verdade é que se arrastou por 14 anos. E nós fomos ficando. Eu fiquei 11 anos, e houve muita coisa que teve de ser adiada. Só casei aos 33 anos, precisamente porque não queria sair da Força Aérea. Ele – que tinha vindo da Índia um mês antes de eu ir para a Força Aérea – esperou sempre por mim..."
Assim que chegou a Angola, viveu um dos piores momentos. Arminda seguia ao lado de Lurdes quando o avião com militares da Força Aérea desapareceu em Chitado, em Novembro de 1961. E se Lurdes não saltou e pôde voltar a terra firme, já Arminda teve de acompanhar a equipa de peritagem e fazer o reconhecimento dos corpos queimados e lancetados. "Durante oito noites não dormi", confessa.
Viveu momentos de grande dureza, sobretudo na Guiné, entre 1962 e 1968. Em Julmete (1966), quase caía num ‘heli’, que lá conseguiu rodopiar e fazer uma aterragem de emergência, mesmo a tempo de "resgatar um guia africano com um buraco no peito, um operador de rádio que trazia um morto às costas e um soldado com uma coxa dilacerada", que não se teria salvado se Arminda "não estivesse lá para lhe dar sangue e pôr um garrote".
Regressou à Metrópole em 1972. A Força Aérea ainda lhe escreveu depois a convidá-la para voltar. Respondeu que, agora que tinha uma família, "não podia servir dois senhores". Aos 73 anos, diz que foi a guerra que a tornou naquilo que é: uma "mulher de armas".
Maria do Céu Policarpo Vidigal, também do primeiro curso, chegou ao Ultramar com 22 anos. A experiência foi curta (dois anos), porque entretanto casou. "Na nossa admissão não havia nada a exigir que saíssemos (à época as enfermeiras já casavam civilmente), mas o secretário de Estado da Aeronáutica, Francisco Chagas, ainda era de outro tempo...", lamenta Maria do Céu Policarpo. Ficou colocada na 1ª Companhia de Combate, na Fortaleza de São Miguel, em Luanda, mas andava sempre num vaivém, a bordo dos Dakotas, que usavam as pistas de terra batida que Kaúlza de Arriaga mandou abrir para as evacuações.
"Num resgate em Cabinda, cada vez que levantava a cabeça para ver o ferido ouvia um pára-quedista a gritar: ‘Minha alferes, baixe a cabeça ou fica sem ela’. E, de facto, só se ouviam balas a assobiar nos ouvidos", conta.
Mas do medo não reza a história de Maria do Céu Vidigal, irmã do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. "Não sou pessoa de me amedrontar. Se me matassem, matavam."
Depois da morte de Maria Celeste da Costa, apanhada pela hélice de um avião a 10 de Fevereiro de 1973, em Bissalanca, e de Cristina Silva ter sido alvejada, as enfermeiras foram proibidas de ir para as zonas de combate, porque "arriscavam a vida". As ‘páras’ não gostaram, lembra Giselda Pessoa: "Foi preciso morrer uma e outra ficar ferida para perceberem que arriscávamos a vida?"
FICAR EM TERRA COM A MISSÃO DE TRATAR MILHARES DE EX-COMBATENTES
Lurdes Lobão e Francis Matias, dos dois últimos cursos, já não chegaram a ir ao Ultramar, mas coube-lhes a missão de tratar dos muitos milhares de combatentes soldados regressados da guerra após 74. Ao contrário das antigas colegas, ficaram nos quadros da Força Aérea após o conflito, sendo nesse aspecto pioneiras. Francis tinha data de partida para a Guiné a 16 de Maio de 1974 mas o 25 de Abril trocou-lhe os planos.
"Tive muita pena. Tinha sido uma experiência única", admite. Já Lurdes Lobão realizou o sonho de uma vida: "Não sei se sou enfermeira por vocação ou porque o que queria mesmo era ser militar e no meu tempo esta era a única forma de o conseguir."
PIONEIRAS AO SERVIÇO DE UM REGIME CONTRADITÓRIO
"Ao servirem o esforço de guerra, o regime, e ao fazerem parte de um certo propagandismo, as enfermeiras pára-quedistas conseguiram introduzir um caminho pioneiro", frisa a historiadora Irene Pimentel. O regime era contraditório no que toca ao papel das enfermeiras, mesmo a nível civil.
"Por um lado, a Constituição dizia que a mulher deveria ficar em casa, a cuidar da família, e o marido era o chefe de família. Por outro, até 1962 impediu as enfermeiras de casarem, o que as levava a casar em Badajoz ou a partilharem a vida sem serem casadas, tanto para se dedicarem inteiramente à profissão como pelo facto de as enfermeiras terem de ver despedidos os homens que tratavam", lembra.
O contexto de guerra sempre favoreceu a mudança. "Com os homens mobilizados, as mulheres passam a assumir outro tipo de papéis e a trabalhar fora de casa. Já tinha acontecido em França e Inglaterra na II Guerra Mundial.
NOTAS
1961-1974
Durante a guerra colonial foram recrutadas 47 enfermeiras, que ‘foram ficando’. As suas comissões não tinham limite.
SEIS MARIAS
Para o primeiro curso de pára-quedistas foram recrutadas 11 mas apenas seis conseguiram concluí-lo, a 8 de Agosto de 1961.
PIONEIRAS
Duas das ‘Seis Marias’, Nazaré Andrade e Zulmira André, já faleceram. A capitã do pelotão, Ivone Reis, padece de Alzheimer.
SALTOS
O número de saltos dados pelas enfermeiras varia consoante o tempo de serviço. Algumas efectuaram mais de 300.
ISABEL RILVAS
A primeira pára-quedista da Península Ibérica foi a mentora do pelotão que Kaúlza de Arriaga criou.
EFEMÉRIDE
Todas as enfermeiras pára-quedistas foram condecoradas pela Força Aérea há 25 anos.
BAIXA
A única baixa do pelotão de enfermeiras foi Maria Celeste da Costa, apanhada pela hélice de um avião em 1973.
FERIDAS
Apenas dois elementos do corpo de enfermeiras foram feridos: Céu Esteves cortou-se numa hélice. Cristina Silva foi atingida por um tiro.
Origem do Voo:
Revista “Correio da Manhã”de 31.07.11