António Fiche
Esp.MRÁDIO
Moita
AS ETNIAS DA GUINÉ-BISSAU (II)
OS MANDINGAS
Os mandingas (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da
África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. São descendentes do
Império Mali, que ascendeu ao poder durante o reinado do grande rei mandinga
Sundiata Keita. Os mandingas pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África
Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os
diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingas
ganharam a sua independência de impérios anteriores no século XIII e fundaram
um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a
partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais
oportunidades de conquista. Através de uma série de conflitos, primeiramente
com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon), levaram metade da
população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99%
dos mandingas em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades
animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da
população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura
em conflitos. Uma parte significativa dos afro-americanos nos Estados Unidos
são descendentes de mandingas.
Atualmente vivem na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia.
Atualmente vivem na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia.
OS FULAS
Os fulas ou fulanis (em fula: Fulɓe) são um grupo étnico que compreende várias
populações espalhadas pela África Ocidental, mas também na África Central e no
Norte de África sudanês. Os países africanos por onde se encontram incluem a
Mauritânia, o Senegal, a Guiné, a Gâmbia, o Mali, a Nigéria, a Serra Leoa, o
Benim, o Burquina Faso, a Guiné-Bissau, os Camarões, a Costa do Marfim, o
Níger, o Togo, a República Centro-Africana, o Gana, a Libéria, até ao Sudão, a
leste. Os fulas não são o grupo maioritário em nenhum destes países, com
exceção da Guiné.
São povos tradicionalmente nómadas que praticam a pastorícia.
São povos tradicionalmente nómadas que praticam a pastorícia.
FELUPES
Os felupes são um grupo étnico, subgrupo dos Diolas e que compreende as
populações existentes no Sul de Casamança e São Domingos na Guiné-Bissau, isto
é, entre o Rio Casamansa e o Rio Cacheu.
Os felupes dedicam-se além da pesca, à cultura do arroz, da mandioca e da batata-doce.
Os felupes dedicam-se além da pesca, à cultura do arroz, da mandioca e da batata-doce.
Os manjacos (em manjaco: Manjaku) são um
povo que habita as ilhas de Pecixe e Jata e as margens dos rios Cacheu e Geba,
na Guiné-Bissau. O nome do povo significa "eu digo-te".
A língua manjaca está classificada como parte das línguas Senegal-Guiné, que são uma subdivisão das línguas atlânticas.
Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países envolventes da Guiné-Bissau.
A língua manjaca está classificada como parte das línguas Senegal-Guiné, que são uma subdivisão das línguas atlânticas.
Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países envolventes da Guiné-Bissau.
Os nalus são uma etnia que habita no
litoral sul da Guiné-Bissau (região de Tombali) e norte da Guiné, sendo
maioritariamente muçulmanos. Estão numa fase de recente islamização, havendo
ainda alguns elementos desta etnia de religião animista. Falam uma língua
semi-banta. De elevada estatura, dedicam-se principalmente à agricultura, mas
também à pesca.
PAPÉIS
PAPÉIS
Os papéis são uma etnia originária da
Guiné-Bissau. Representam atualmente 7% do total da população guineense. O mais
conhecido elemento pertencente a este grupo étnico foi o ex-presidente da
Guiné-Bissau, Nino Vieira. Os membros deste grupo falam a língua papel.
Os bijagós conhecidos por sua lealdade,
gentileza, honestidade, respeito pelo outro e, sobretudo, pelos mais velhos, a
etnia bijagó é um grupo de referência na Guiné-Bissau. Esta etnia dá nome ao
conjunto de 80 ilhas que formam o Arquipélago dos Bijagós. Único arquipélago
deltaico da costa oeste africana, classificado em 1996 pela UNESCO como Reserva
da Biosfera, os bijagós que ali habitam e o modo de vida que eles desenvolvem
em harmonia com a natureza explica o seu estado de conservação. A sociedade é
matriarca, pois é o tipo de sociedade onde o poder é exercido pelas mulheres,
em especial pelas mães; o facto de dar à luz confere à mulher o estatuto mais
elevado da hierarquia familiar.
(in net)
(in net)
FALTA "AS ETNIAS DA GUINÉ-BISSAU (I)"
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