sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Voo 3501 AS ETNIAS GUINEENSES.





António Fiche
Esp.MRÁDIO
Moita





AS ETNIAS DA GUINÉ-BISSAU (II)

OS MANDINGAS




Os mandingas (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. São descendentes do Império Mali, que ascendeu ao poder durante o reinado do grande rei mandinga Sundiata Keita. Os mandingas pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingas ganharam a sua independência de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais oportunidades de conquista. Através de uma série de conflitos, primeiramente com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon), levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingas em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos. Uma parte significativa dos afro-americanos nos Estados Unidos são descendentes de mandingas.
Atualmente vivem na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia.

OS FULAS



Os fulas ou fulanis (em fula: Fulɓe) são um grupo étnico que compreende várias populações espalhadas pela África Ocidental, mas também na África Central e no Norte de África sudanês. Os países africanos por onde se encontram incluem a Mauritânia, o Senegal, a Guiné, a Gâmbia, o Mali, a Nigéria, a Serra Leoa, o Benim, o Burquina Faso, a Guiné-Bissau, os Camarões, a Costa do Marfim, o Níger, o Togo, a República Centro-Africana, o Gana, a Libéria, até ao Sudão, a leste. Os fulas não são o grupo maioritário em nenhum destes países, com exceção da Guiné.
São povos tradicionalmente nómadas que praticam a pastorícia.

FELUPES



Os felupes são um grupo étnico, subgrupo dos Diolas e que compreende as populações existentes no Sul de Casamança e São Domingos na Guiné-Bissau, isto é, entre o Rio Casamansa e o Rio Cacheu.
Os felupes dedicam-se além da pesca, à cultura do arroz, da mandioca e da batata-doce.

MANJACOS


Os manjacos (em manjaco: Manjaku) são um povo que habita as ilhas de Pecixe e Jata e as margens dos rios Cacheu e Geba, na Guiné-Bissau. O nome do povo significa "eu digo-te".
A língua manjaca está classificada como parte das línguas Senegal-Guiné, que são uma subdivisão das línguas atlânticas.
Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países envolventes da Guiné-Bissau.

NALUS


Os nalus são uma etnia que habita no litoral sul da Guiné-Bissau (região de Tombali) e norte da Guiné, sendo maioritariamente muçulmanos. Estão numa fase de recente islamização, havendo ainda alguns elementos desta etnia de religião animista. Falam uma língua semi-banta. De elevada estatura, dedicam-se principalmente à agricultura, mas também à pesca.

PAPÉIS


Os papéis são uma etnia originária da Guiné-Bissau. Representam atualmente 7% do total da população guineense. O mais conhecido elemento pertencente a este grupo étnico foi o ex-presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira. Os membros deste grupo falam a língua papel.

BIJAGÓS


Os bijagós conhecidos por sua lealdade, gentileza, honestidade, respeito pelo outro e, sobretudo, pelos mais velhos, a etnia bijagó é um grupo de referência na Guiné-Bissau. Esta etnia dá nome ao conjunto de 80 ilhas que formam o Arquipélago dos Bijagós. Único arquipélago deltaico da costa oeste africana, classificado em 1996 pela UNESCO como Reserva da Biosfera, os bijagós que ali habitam e o modo de vida que eles desenvolvem em harmonia com a natureza explica o seu estado de conservação. A sociedade é matriarca, pois é o tipo de sociedade onde o poder é exercido pelas mulheres, em especial pelas mães; o facto de dar à luz confere à mulher o estatuto mais elevado da hierarquia familiar.
(in net)



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