Joaquim Mexia Alves
Alf.Mil.Ranger
Monte Real
Meus caros camarigos editores
Se calhar pensavam que eu me calava com o Dia dos Combatentes, o 10 de Junho???
"Nã" senhor, "nã" me calo!
E assim anexo mais um texto, para que possamos reflectir e abraçar esta causa que afinal e num instante teve tantas respostas positivas.
Dou conhecimento a mais alguns camarigos que têm blogues, para que usem com entenderem este texto, publicando-o e trazendo mais gente para esta causa.
Que me perdoem aqueles que possa ter esquecido, ou porque não encontrei os seus mails, ou porque não os conheço ainda.
De qualquer modo, o Luís Graça e os editores com certeza que autorizam a que este texto, bem como os que nele são citados, possam ser utilizados para divulgação desta nossa vontade que havemos de levar por diante.
Ao trabalho, pois então!
Um abraço camarigo do
Mexia Alves
O DIA DOS COMBATENTES
Tenho lido os textos e comentários que têm surgido, quer na Tabanca Grande, quer nos Especialistas da BA12, (muito franca adesão), quer no Facebook, etc.
Tenho presente o texto do António Martins Matos, um “balde de água morna”, porque não foi nada que eu não esperasse.
E agora, o que fazer?
Muitos pretendem desfilar já este ano, (ainda não entendi muito bem como), o que de algum modo eu também apoiarei.
Mas isto não se pode tratar de uma coisa efémera e sem continuação!
Assim decidi colocar á consideração de todos as ideias que fui alinhavando, continuando o trabalho iniciado pelo António M. Matos e continuado pela Carta Aberta ao P. R., que acredito irá ter resposta.
Assim, e salvo melhor opinião, vejo dois caminhos para se continuar a exigir um Dia dos Combatentes.
1 - Dia dos Combatentes no 10 de Junho
Começar já a trabalhar para que em 2012 o 10 de Junho seja um verdadeiro Dia dos Combatentes tal como expresso na Carta Aberta ao P. R. e comentários subsequentes.
Para tal proponho que se constitua uma “comissão de trabalho”, cuja liderança entregaria ao António Martins Matos.
Disponibilizo-me para estar e ajudar na mesma.
Nesta Comissão deveriam estar representados os diversos Ramos das Forças Armadas.
Esta nossa pretensão deveria ser divulgada junto dos outros combatentes de Angola, Moçambique, etc., que também integrariam a comissão, mas que nunca ultrapassasse como número total, as 5 ou 7 pessoas para ser possível tomar decisões em tempo útil.
2 – Dia dos Combatentes fora do 10 de Junho
Poderão dizer os juristas que temos como camarigos, mas julgo que a liberdade de manifestação, devidamente autorizada, é livre em Portugal.
Então, a tal Comissão “descrita” no ponto anterior, devidamente mandatada, Mais à frente darei pistas de reflexão para percebermos como), podia fazer o tal pedido de autorização de manifestação, marcando para tal um dia preciso, que passaria a ser o Dia dos Combatentes, todos os anos.
Como sugestão, a talhe de foice, lembraria o dia 6 de Novembro, dia de São Nuno de Santa Maria, (D. Nuno Álvares Pereira), o combatente mais ilustre da Nação Portuguesa.
A Comissão organizadora, que deveria mudar todos os anos, para além de tratar dos aspectos logísticos e divulgação, poderia fazer os convites às entidades que os combatentes julgassem importantes, tais como o Presidente da República, como Comandante Supremo das Forças Armadas.
Atenção!
Se fosse necessária esta segunda alternativa, por impossibilidade de os organizadores do 10 de Junho aderirem ao que pretendemos, é minha opinião que nenhum combatente deveria colocar mais os pés nessas cerimónias que passarão a ser apenas para “inglês ver”!
Sugestões de procedimentos
Poderia, como já alvitrei, constituir-se um blogue apenas para este efeito, onde todos os combatentes pudessem emitir as suas opiniões.
Esse blogue abriria com o texto inicial do António M. Matos, já publicado na Tabanca Grande, bem como a Carta Aberta ao P. R.
Seguir-se-ia um texto como este, explicando os passos que poderemos dar, para levar para a frente o Dia dos Combatentes.
Na Carta Aberta já escrita, ou noutro texto a escrever, os combatentes colocariam as suas assinaturas de concordância, o que em termos logísticos se pode tornar muito complicado.
Assim, essa Carta ou outro texto poderiam constituir a forma de Petição, (com prazo determinado), dando a possibilidade via net de assinatura dos combatentes, com nome, nº do B.I e indicação da Unidade Militar em que combateram.
Essa Petição seria depois enviada para a Presidência da República.
Outra forma seria, cada um imprimir a Carta ou o texto e enviá-lo via net ou correio à Presidência da República, (durante um determinado prazo de tempo), dando conhecimento escrito à Comissão.
Tanto uma forma como outra, mediante as adesões, que acredito serão em grande número, essas assinaturas respaldarão a credibilidade da Comissão que assim pode agir em consonância.
Uma das atitudes que a Comissão pode tomar é pedir uma audiência ao P. R., para explicar de viva voz a situação e a vontade dos combatentes.
Apenas quero deixar aqui pistas de procedimentos, que serão com certeza enriquecidos com todos os comentários e sugestões que queriam deixar.
Notas finais
Percebemos pelos comentários tanto na Tabanca Grande como em Especialistas da BA 12, outros blogues e mails recebidos que a ideia despertou grande interesse e adesão, pelo que, não devemos deixar morrer esta arrancada inicial, e prosseguirmos até levarmos a nossa avante.
Sabemos que muitos de nós estamos revoltados com o desprezo, a apatia, o desinteresse a que fomos votados pelas autoridades do nosso país.
Peço no entanto que não ponhamos a tónica dos nossos comentários nessa revolta, ficando apenas pelos protestos e pelo “pessimismo” de se dizer que nada se pode fazer.
Se aqueles que tinham mais responsabilidades para o fazerem, ou seja, as autoridades do País, não o fazem, mostremos-lhe então que somos capazes de nos unir e mostrar que ainda somos gente e que não deixamos os nossos créditos por mãos alheias.
Tenho a certeza de que somos capazes, e tenho a certeza que num momento em que a estima dos Portugueses está tão em baixo, a demonstração que os Portugueses se unem para homenagear Portugueses, será um bálsamo para muitos que não se revêem neste “cruzar de braços”.
Ao trabalho!
Todos não somos demais!
Monte Real, 14 de Abril de 2011
Joaquim Mexia Alves
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